EDIÇÃO ATUAL
v.5 n. 15 (2025)
Parodiando Hamlet: “Existe mais coisa entre a África e o Brasil do imagina o nosso pouco Conhecimento”.
Não estamos falando dos laços vergonhosos e maculados pela escravidão, nem tão pouco nos referindo a ações individuais e/ou coletivas que tentam reparar essa “página triste de nossa história”. Evidenciamos vínculos selados com acordos diplomáticos que abrangem diversas áreas, tais como a cooperação técnica, cultural, econômica, ... promovendo o desenvolvimento e o bem-estar da população Aproximamo-nos, de modo especial, aos países lusófonos na África (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tome e Principe, Guiné Equatorial) que juntamente com o Brasil são membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A partir desses acordos, passamos a conhecer melhor a História, a Cultura e a Literatura africana. Dos países da CPLP, destacamos Moçambique, que em 25 de junho estará fazendo 50 anos de sua Independência. Entre tantos escritores moçambicanos (Pauline Chizione, José Craveirinha, ...), destacamos Mia Couto que inaugura uma nova era na Literatura de Moçambique. Influenciado pelos de escritores da Geração de 30 do Modernismo brasileiro, de modo particular por Jorge Amado, sua produção literária busca a identidade nacional, traz marcas da oralidade, valoriza a cultura moçambicana, cria neologismos. Vale a pena conferir algumas de suas obras como Terra Sonâmbula, O Último Voo do Flamingo, A Confissão da Leoa.
Da África para o Ceará, a Revista Sarau do bimestre homenageia, também, Vanessa Passos, escritora, roteirista, professora com Pós-Doutorado em Escrita Criativa. Colunista do Jornal O POVO (Fortaleza-CE) e do Portal PublishNews, é idealizadora de vários projetos e programas direcionados ao "empreendedorismo literário”. Possui vários contos publicados no volume A mulher mais amada do mundo e seu romance de estreia, A filha primitiva, vencedor de vários prêmios, será adaptado para o cinema, pela Modo Operante Produções.
Tenham todos uma boa leitura!